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69% acreditam que tem corrupção no governo Bolsonaro, segundo o Datafolha

69% acreditam que tem corrupção no governo Bolsonaro, segundo o Datafolha

27/09/2022
Fonte: CUT

Entre os 44% que consideram o governo ruim ou péssimo, o percentual dos que acreditam que há corrupção no governo explode e chega a 93%

Na abertura da Assembleia-Geral da ONU esta semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, voltou a falar mentiras sobre ter, em seu governo, acabado com a corrupção no país. Mas, as manchetes de jornais e investigações do Ministério Público contam outra história e a maioria dos brasileiros já sabe disso.

Para 69% dos brasileiros, há sim corrupção no governo Bolsonaro, segundo a pesquisa do Datafolha, feita entre a terça-feira (20) e a quinta-feira (22) e divulgada ontem à noite.

Entre os 44% que consideram o governo ruim ou péssimo, o percentual dos que acreditam que há corrupção no governo explode e chega a 93%.

Corrupção do clã Bolsonaro

Os casos de corrupção do clã Bolsonaro, investigados pela Polícia Federal (PF) ou Ministério Público envolvem filhos, ex-mulher e o próprio presidente, como é o caso das "rachadinhas". Em 2020, Fabrício Queiroz, ex-policial e amigo do presidente foi denunciado como operador das “rachadinhas” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) quando ele era deputado estadual. Flávio e Queiroz chegaram a ser denunciados por peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e apropriação indébita. Flávio nega qualquer irregularidade.

A candidata a deputada distrital Ana Cristina Valle (PP-DF), ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (PL), movimentou R$ 9,3 milhões em operações financeiras entre março de 2019 e janeiro de 2022, depois que o ex assumiu o comando do País, segundo investigações da PF.

Os policiais analisaram um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), documento que foi utilizado para fundamentar um pedido à Justiça Federal para investigar uma transferência bancária realizada por Ana Cristina na compra de uma mansão em Brasília avaliada em R$ 2,9 milhões.

Jair Renan, o caçula que já é empresário, está envolvido em um acusação de usar órgãos do governo do pai para favorecer interesses particulares de sua empresa, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, que chegou a ser investigada pela Polícia Federal.

Há ainda, a compra de 51 imóveis em dinheiro vivo, o que pode indicar lavagem de dinheiro - presidente tentou desmentir, dizendo que o termo dinheiro vivo era igual a moeda corrente, mas os reportes do UOL que fizeram a denúncia desmentiram o presidente ao encontrar documentos.

Leia mais: Flávio Bolsonaro usou R$ 3 milhões em dinheiro vivo para pagar despesas

Corrupção no governo

O gabinete paralelo, comandado por dois pastores amigos de Bolsonaro, que atuava no Ministério da Educação (MEC) e as denúncias de corrupção que pipocam todos os dias contra a gestão da Codevasf, aparelhada por Bolsonaro, são os casos mais de maior repercussão até agora.

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura chegaram a ser presos, mas ficaram apenas uma noite atrás das grades. Nesta quinta, mais uma denúncia no MEC ocupou o noticiário. O ex-ministro avalizou cobrança de propina negociada pelos pastores mandaram o dinheiro ser transportado de uma cidade para outras em pneu de caminhão.

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