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País volta a registrar índice de mortes de novembro. Avanço da ômicron exige política de testagem

País volta a registrar índice de mortes de novembro. Avanço da ômicron exige política de testagem

19/01/2022
Fonte: RBA

Mesmo com testes em falta, Brasil registrou recorde de novos casos nas últimas 24 horas

Em todo o país, o avanço da ômicron fez explodir a procura por testes de covid-19. No entanto, as pessoas têm cada vez mais dificuldades em encontrá-los. De acordo com a epidemiologista Ethel Maciel, pesquisadora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), quando uma pessoa é contaminada pela ômicron, as chances de infectar outros membros da família é pelo menos duas vezes maior que as variantes anteriores. Assim, o ideal é que todos os membros da família também fossem testados. Mas não há nenhum sinal de que o governo brasileiro possa agir dessa maneira. “Não temos um programa de testagem no Brasil. Começamos 2022, e ainda não temos”, criticou.

Ethel também afirmou que não basta o governo Bolsonaro solicitar a liberação dos autotestes. É preciso incorporá-los ao SUS. Em entrevista ao canal do Conselho Nacional de Saúde (CNS), ela afirmou que a luta pelo “acesso” deve marcar o enfrentamento à pandemia no Brasil em 2022. Seja em relação às vacinas, que ainda são distribuídas de maneira desigual. Como também sobre aos testes, autotestes e novos medicamentos.

“Se tivermos a autotestagem, e espero que sim, esse autoteste não pode ser vendido apenas na farmácia”, afirmou Ethel. Além da distribuição pelo SUS, a pesquisadora cobrou a realização de uma campanha para a utilização dos autotestes. É preciso, ainda, haver formas de comunicar as autoridades sobre os resultados. Se for apenas através de um aplicativo, os mais pobres ficariam novamente excluídos. “A gente tem aqueles que podem utilizar aplicativos. Outros podem informar às unidades de saúde mais próximas.”

Descaso

Diante do “risco real de desabastecimento” dos insumos, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) recomenda que os laboratórios privados priorizem os testes de covid-19 para pacientes com sintomas mais graves.

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