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Bolsonaro deixou rombo histórico na Caixa para tentar se reeleger

Bolsonaro deixou rombo histórico na Caixa para tentar se reeleger

31/05/2023
Fonte: CUT

O portal Uol publicou reportagem afirmando que “Bolsonaro provocou calote bilionário na Caixa Econômica Federal (CEF), em tentativa de reeleição”. O texto publicado na segunda-feira (29), recorda que, com finalidades eleitorais, o ex-presidente editou duas medidas provisórias para criar linhas de crédito na CEF para devedores com nome sujo e para beneficiários do Auxílio Brasil. Até a eleição, o banco estatal liberou R$ 10,6 bilhões para 6,8 milhões de pessoas. A maioria não pagou provocando o calote no banco

A denúncia já havia sido feita desde maio de 2022 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), que ressalta que a solidez do banco e trabalhadores comprometidos e bem-preparados impediram que problema fosse ainda maior.

“É importante que o Uol tenha publicado esta matéria para dar maior repercussão a esta denúncia, que já havíamos feito no ano passado”, lembrou o empregado da Caixa e dirigente da Contraf-CUT, Rafael de Castro, que prosseguiu dizendo que “o uso da Caixa com finalidades eleitorais continuou após a saída do ex-presidente do banco Pedro Guimarães. Logo após assumir a presidência do banco, Daniella Marques lançou o ‘Caixa Pra Elas’, nos mesmos moldes dos dois programas citados pelo portal, visando melhorar a imagem de Bolsonaro entre o público feminino, também com grande rejeição a Bolsonaro”,

Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, Bolsonaro usou o banco politicamente e eleitoralmente de forma irresponsável. “O problema só não foi maior porque a Caixa é um banco sólido e conta com trabalhadores concursados e preparados. E, passada a eleição, o banco rapidamente parou de conceder esses créditos eleitoreiros”, disse.

O Uol, em sua reportagem, confirma que a Caixa suspendeu os empréstimos para pessoas com nome sujo assim que Pedro Guimarães deixou a presidência da Caixa e que, logo após as eleições, também parou de conceder crédito para beneficiários do Auxílio Brasil.

A presidenta da Caixa, Rita Serrano, confirmou que a inadimplência chegou a 80% neste ano. Pelas regras estabelecidas por Guimarães – que deixou o banco três meses depois, após casos de assédio moral e sexual serem denunciados em todo o país contra ele –, parte do rombo deverá ser coberto com verbas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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